Final Fantasy é uma saga que dispensa qualquer tipo de apresentações, pois é provavelmente a série RPG mais vendida e adorada por todo o mundo.
Depois de o Japão o receber em Dezembro de 2009, 2010 será o ano da Europa ver chegar Final Fantasy XIII, o primeiro capítulo da actual geração.
Final Fantasy XIII vai ter uma história completamente nova, tal como cada um dos 12 títulos até agora. Desta vez será a história de Lightning, Snow, Vanille, entre outros, que vivem enclausurados numa lua satélite chamada Cocoon, a qual se encontra em guerra entre os Psicom de uma entidade reguladora conhecida por Sanctum e os L’Cie, seres destinados a tornarem-se monstros caso não completem a missão para o qual foram destinados.
Cada L'Cie tem uma missão conhecida por Focus, atribuída por entidades divinas de nome Fal'cie. Quando marcados pela marca da Focus, os L'Cie passam a ter poder para invocar Eidolons (também conhecidos em outros Final Fantasy por Summons, GF ou Esper), criaturas místicas com poderes sobrenaturais que ajudam em combate.
Após Serah, a irmã de Lightning, ser aprisionada e transformada num L'Cie, Lightning persegue, com a ajuda de Sazh, o Fal'Cie Anima, que transformou Serah. Numa sucessão de eventos, Lightning, Snow, Vanille e Hope são também transformados em L'Cie e incumbidos com a missão de destruir Cocoon e o seu criador, o Fal'Cie Orpheus e aqui surge o mote para a história de Final Fantasy XIII.
Como sempre, cada uma das personagens terá o seu impacto na história e as suas motivações para lutar. Lightning terá a sua demanda associada à protecção da sua irmã; Snow lidera a resistência de Cocoon e vê Serah transformar-se numa L'Cie; Sahz procura o seu filho, raptado pela Sanctum; Hope, uma criança que perde a mãe, vê em Snow a sua única protecção, embora o odeie por esta ter morrido a ajudá-lo durante a resistência; Vanille, uma simpática e misteriosa rapariga, serve também como a narradora da história; e, por fim, Fang, uma habitante de uma aldeia destruída que trabalha para a Sanctum.
Tal como nos anteriores, existem vários cenários para explorar em Final Fantasy XIII, e apesar da aventura começar em Cocoon, as personagens vão descer até Pulse, o verdadeiro planeta para realizar missões e continuar a história. Esta transição faz, a espaços, lembrar Final Fantasy VII, aquando da saída de Midgar para o mapa mundo. Resta esperar que tenha o mesmo impacto.
À semelhança do que foi visto em Final Fantasy XII, aqui os inimigos também vão estar presentes no cenário e podem tentar contorná-los, caso estes sejam ferozes, ou iniciar combate a vosso gosto. Quando se aproximam de um grupo de inimigos, estatísticas como a vida são apresentadas, ao género dos monstros de um MMORPG, e a partir daqui escolhem se querem entrar em combate ao não.
O sistema de combate de Final Fantasy XIII vai voltar ao sistema por turnos antigo, oferecendo agora uma nova aproximação ao antigo ATB (Active Time Battle) em que podem acumular acções consoante os slots de tempo disponíveis, de forma a criar o maior número de combos possíveis entre as personagens. Como é natural, as personagens ficam cansadas e aqui entra o sistema Paradigm Shift, ou seja, uma função que permite mudar a personagem controlada durante o combate.
Como cada uma das personagens principais de Final Fantasy XIII é portadora de um Eidolon, estas podem invocá-los para ajudar num combate. Quando isto sucede, todas as outras personagens desaparecem da arena e deixam o Eidolon e o seu invocador combater sozinhos. Apesar de fortes no estado normal, podem sempre activar o modo Gestalt, o que transforma o Eidolon numa nova criatura, como um cavalo no caso do Odin de Lightning, o qual ela pode montar e dar ainda mais dano.
A cada vitória é apresentado um ranking com um valor detalhado da prestação durante a luta, e são atribuídas mais estrelas aos combates perfeitos. Daí, é-vos atribuído um certo número de Crystarium Points (CP) que podem gastar para evoluir a vossa personagem num sistema de grelha muito idêntico ao Sphere Grid visto em Final Fantasy X, onde vão poder melhorar atributos como o ataque, a defesa, a vida, entre outros.
Ao contrário dos RPG's comuns, em Final Fantasy XIII, após o término de cada combate, a vida das personagens é restabelecida automaticamente, evitando o típico curar recorrente ou até o uso de Inn's ou Tents como era clássico na série. Pode ser uma mudança negativa para alguns, mas é certamente uma forma de não atirar os jogadores para situações em que se viam a braços com inimigos poderosos e com pouca vida.
No que toca ao departamento visual e sonoro, Final Fantasy XIII promete continuar a fazer bem aquilo que todos os outros fizeram até agora. Podem contar com o rigor e qualidade a que a Square-Enix sempre habituou os seus fãs, além de incluir as sempre clássicas sequências cinemáticas de grande qualidade, as vozes (incluídas desde Final Fantasy X) e ainda uma banda sonora de luxo.
Final Fantasy XIII vai chegar finalmente à Europa já no mês de Março e parece querer fazer as pazes com aqueles que não viram Final Fantasy XII com tão bons olhos, enquanto prova que os JRPG's ainda conseguem dar cartas nos tempos que correm. Por isso, podem desde já começar a contar os dias para viver mais uma das grandes aventuras desta geração, tanto na PS3 como na Xbox 360. Esperem pela análise do MyGames perto da data de lançamento.