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 [Analise] Heavy Rain

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Ficha do personagem
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[Analise] Heavy Rain Empty
MensagemAssunto: [Analise] Heavy Rain   [Analise] Heavy Rain EmptyQui Mar 18, 2010 12:04 pm

Heavy Rain, dos estúdios Quantic Dream, o segundo exclusivo da Playstation 3 de 2010, é uma aposta da Sony num estilo diferente dos jogos de aventura. A iniciativa é louvável mas o risco é grande ao apoiar um jogo deste género, uma vez que a narrativa toma o plano principal e a jogabilidade assume um papel não tão primário como é costume.

[Analise] Heavy Rain Heavyrain

Analisar Heavy Rain sem estragar a experiência a quem não jogou não é uma tarefa fácil, visto que o que faz do fruto dos estúdios Quantic Dream o que ele realmente é, é na sua maior parte o enredo que envolve quatro personagens jogáveis. Com isto em mente, manter-me-ei o mais longe possível da história para evitar spoilers.

Fica apenas um aviso prévio e isolado. Heavy Rain é um jogo que pela sua natureza tem um início lento mas justificável, na medida em que é através dos vagarosos primeiros capítulos que o jogador estabelece relações com os personagens, algo elementar para que seja possível compreender e apreciar a experiência que Heavy Rain proporciona.

[Analise] Heavy Rain Heavyrain01

Em Heavy Rain controlamos quatro personagens que procuram o Origami Killer, um assassino com motivações ocultas. Ethan Mars, a personagem que pessoalmente achei mais interessante e envolvente, é um pai devoto que procura recuperar o seu filho. Scott Shelby é um detective privado que segue uma investigação própria. Norman Jayden, pessoalmente a personagem menos cativante, é um agente do FBI apontado como profiler para o caso do Origami Killer.

Por fim, Madison Paige é uma mulher com motivações desconhecidas mas também no rasto do assassino.

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O foco principal aqui é a narrativa. Esta é moldada dentro de certos parâmetros pelas escolhas que o jogador toma e as reacções que tem em determinadas situações ao longo da história. Para controlar os personagens o jogador usa o analógico esquerdo para se direccionar e o R2 para se movimentar. Este sistema não oferece grande desafio excepto quando há espaços estreitos como portas e a mudança de ângulo apenas dificulta o processo.

Para interagir com o universo, o analógico direito, o sensor de movimento do Sixaxis e todos os restantes botões são potenciais candidatos, embora a maior parte dos movimentos em cenas banais consigam imitar com um certo nível de realismo os movimentos reais.

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As cenas mais agitadas (e sem dúvida as mais interessantes) envolvem perseguições, lutas ou fugas. Estas são jogadas através de quick time events, isto é, a indicação para carregar num ou vários botões ou imitar um certo movimento com o analógico direito surge no ecrã e o jogador tem que cumprir o exigido dentro de um certo espaço de tempo. Dependendo das cenas o ecrã fragmenta-se para mostrar vários acontecimentos em simultâneo.

O interessante deste sistema é o facto destas indicações poderem aparecer a qualquer altura, em qualquer parte do ecrã e com qualquer tamanho, dependendo da situação e da acção que desencadeiam. Também há que notar que o jogador não sabe o resultado exacto das suas acções, ou seja, que botões falhados resultarão no quê, uma vez que não é por falharmos um certo número de vezes que o personagem morre. Há certos momentos em que falhar todas as ordens não alterarão de qualquer forma o curso dos eventos mas há ordens pontuais que se não forem cumpridas com sucesso resultarão na morte do personagem. A beleza disto, jaz no facto de o jogador não saber quando há tolerância para falhar, tentando assim acertar sempre e ficando nervoso sempre que falha algum botão ou movimento.

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Há três níveis de dificuldade em Heavy Rain mas, tendo conseguido completar o jogo sem morrer com uma única personagem, aconselho todos a jogarem na dificuldade máxima, mesmo aqueles que tenham menos aptidão e piores reflexos. Desta forma a experiência será muito mais interessante e desafiante.

Uma opção agradável é a de podermos voltar a capítulos anteriores com a escola de gravar ou não por cima do nosso progresso actual. Uma vez que sensivelmente dois terços do jogo não oferecem qualquer variante em termos de história e consequências (tirando a morte de alguns personagens), torna-se mais fácil explorar as restantes possibilidades sem ter que repetir estes capítulos “genéricos” ou imutáveis.

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Em termos visuais, Heavy Rain apresenta gráficos belíssimos com um grau de realismo impressionante. Embora a qualidade visual não seja infalivelmente constante, havendo algumas más texturas e animações que destoam pelo seu artificialismo, não há jogo nenhum neste momento com gráficos in-game ao nível dos de Heavy Rain. Na sua maior parte, os materiais e as suas texturas estão fiéis às inspirações reais e as animações dos personagens raramente falham.

A subir as escadas os movimentos são precisos, com cada pé em cada degrau. Os personagens respiram e a andar os não se limitam a mexer as pernas mas a acompanhar o movimento com o corpo e membros superiores, com especial destaque para o movimento de ancas de Madison Paige.

Podem ver mais imagens de Heavy Rain carregando aqui!
É notável o nível de trabalho e pormenor que as caras e mãos receberam com rugas, poros e a humidade dos olhos perfeitamente perceptíveis. Enquanto nalguns capítulos ou cenas, elementos como roupa ou líquido quebram a ilusão de realismo, as expressões faciais e manuais não pecam. Os rapazes dos estúdios Quantic Dream claramente tiveram noção de que num título em que a expressão e a emoção são fundamentais, a qualidade de representação e animação destes dois pontos do corpo humano era algo fulcral para o sucesso do jogo.

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Este sucesso é, contudo, contrariado por algumas animações simplesmente grotescas como cenas de beijos, especialmente as mais elaboradas. Para sorte do jogador e para bem do jogo, os ângulos de câmara cobrem por vezes as bocas que mal se tocam e fazem os personagens parecer peixes fora de água. Felizmente para todos, estas cenas não são frequentes e ficam-se por pequenos borrões num quadro que de resto não é menos que impressionante.
Tirando estas cenas, as animações estão ao melhor nível com os personagens a encolherem-se com o frio, estenderem a mão para sentir as gotas de chuva e alterarem a sua pose e passo consoante a situação. Em especial nota fica a cena de sexo que está concebida com o maior gosto e tacto conseguindo representar a intimidade entre os personagens sem cair em exbicionismos ou pretensiosismos. É uma cena para

adultos mas não pelo conteúdo entrar pelo campo pornográfico mas pela maturidade com que é representada.

Outro destaque gráfico vai para a chuva que, tirando situações pontuais, está muito perto da perfeição. Fios de água escorrem pelas superfícies, especialmente nos vidros e materiais transparentes, gotas ficam depois dos salpicos e poças de água no chão reagem aos movimentos do jogador.
Quanto à componente sonora de Heavy Rain, esta é soberba tanto ao nível de efeitos sonoros como de banda sonora. Passos, respiração, chuva, portas, o ranger da madeira, tudo neste mundo tem uma reacção sonora, um ruído, tal e qual como no real.

A banda sonora equipara a qualidade de uma produção cinematográfica com pequenas ou grandes nuances no ritmo, tom e volume consoante

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a situação ou sensação que se espera transmitir ao jogador. A música, como nos filmes do género que Heavy Rain tenta recriar, toma um papel central na construção de ambiente e aqui consegue-o exemplarmente.
Em relação às vozes, as originais estão bem conseguidas com pequenos e pontuais deslizes tonais por parte de algumas personagens secundárias. As portuguesas não estão más, mas o inerente desencontro entre o som e os movimentos dos lábios são algo desconcertante e artificial. Nesta nota, aconselho a versão original a todos menos àqueles que tenham especial prazer pela língua de Camões e não se importem com as contrapartidas da dobragem.


Heavy Rain é a promeça um jogo com milhares de variáveis associadas ao comportamento e escolhas do jogador. É verdade que somos confrontados com escolhas e quem, nalgumas delas, o universo em que os personagens estão inseridos não espera que as façamos forçando-nos a reagir consoante os estímulos e situações e a tempo.
No entanto, estas situações só mostram ter peso já numa altura avançada da história. Com isto, escolhas tomadas durante a primeira parte do jogo alteram a forma como algumas cenas se desenrolam mas não alteram a sua conclusão. Mais para a metade/fim do jogo a interacção e reacção do jogador ganha maior peso e as circunstâncias em que o jogador se encontra nos capítulos seguintes são condicionadas pelas suas acções nos anteriores.

Heavy Rain pode ser jogado num só longo dia, não propriamente por serem necessárias cerca de 10 horas para o completar mas porque, passados os primeiros capítulos, devido à estruturação narrativa e o enredo, torna-se difícil pousar o comando e desligar a PS3.

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Os gráficos realistas e a prestação soberba do som facilitam o envolvimento no mundo de Heavy Rain, um mundo real, longe de ser um conto de fadas e onde não para de chover.
A Quantic Dream consegue oferecer uma nova maturidade aos videojogos com este título que desafia a representação gráfica, sonora e a própria construção narrativa. Heavy Rain apelará sem qualquer sombra de dúvida a um público mais adulto pelo seu conteúdo e pela sua história que toca em assuntos sensíveis e mais próximos daqueles que são pais. Não obstante, Heavy Rain não é apenas drama, tendo acção, suspense,

romance e pontualmente cenas de humor (ou então o meu sentido humor está deturpado).

Numa altura em que os jogos, tirando raras excepções, se apoiam fortemente na jogabilidade e a narrativa é construída à volta desta primeira necessidade de entretenimento, Heavy Rain é uma alternativa refrescante. É estranho, mesmo depois de ter o completado de diferentes formas, ver este título como um jogo, uma vez que a experiência e maioritariamente de ordem cinematográfica. Não obstante, jogo ou drama interactivo como é apelidado, Heavy Rain é uma excelente experiência e única.
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