PSP World
Bem-vindo a PSP Word.
Disfrute de todos os conteudos que temos para lhe oferecer.
Participe das nossas competições online e dos nossos passatempos.

Ass:. Direcção PSP World
PSP World
Bem-vindo a PSP Word.
Disfrute de todos os conteudos que temos para lhe oferecer.
Participe das nossas competições online e dos nossos passatempos.

Ass:. Direcção PSP World
PSP World
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.


Fórum de língua Portuguesa que fala sobre jogos e consolas da actualidade. Junta-te a nós e diz o que pensas.
 
PortalInícioRevista Gratuita OnlineÚltimas imagensRegistarEntrar

 

 [Analise] Prince of Persia: The Forgotten Sands

Ir para baixo 
AutorMensagem
Dark_Clone
Admin
Admin
Dark_Clone


Mensagens : 168
Data de inscrição : 10/10/2009

Ficha do personagem
Warning:
[Analise] Prince of Persia: The Forgotten Sands Left_bar_bleue100/100[Analise] Prince of Persia: The Forgotten Sands Empty_bar_bleue  (100/100)

[Analise] Prince of Persia: The Forgotten Sands Empty
MensagemAssunto: [Analise] Prince of Persia: The Forgotten Sands   [Analise] Prince of Persia: The Forgotten Sands EmptySáb Jun 05, 2010 6:33 pm




Em 1989, um orfão sem-abrigo percorria em 60 minutos doze níveis, desde as masmorras até à sala do trono, atravessando armadilhas, plataformas e lutando contra esqueletos, guardas e até o próprio. Fazia-o para salvar a princesa do vizir Jaffar. A história pode parecer a de Aladino mas não é, pois este orfão, mais tarde Príncipe da Persia, não tinha ajuda de qualquer génio.

O título, originalmente produzido e lançado pela Brøderbund para o Apple II, mostrou-se ser viciante e altamente desafiante e, não obstante, um sucesso. Contudo, depois do segundo, igualmente aclamado, a série perdeu-se, havendo ainda Prince of Persia 3D, um título que passou maioritariamente despercebido.

A série voltou em 2003 com Prince of Persia: The Sands of Time, um título que entrou para listas e tops dos melhores jogos da PS2. Mais importante ainda, trouxe de volta um nome perdido, com bons gráficos e excelente narrativa, conseguindo transpor a série com sucesso para as três dimensões.

Prince of Persia: The Forgotten Sands é anunciado pela Ubisoft como o regresso da série à trilogia de The Sands of Time, depois de uma tentativa de mudança em 2008. Foi prometido um novo sistema de combate mais natural, o controlo dos elementos e uma verdadeira experiência de nova geração.








Prince of Persia: The Forgotten Sands 
é encaixado supostamente no intervalo de The Sands of Time e Warrior Within, deixando-me à espera de uma passagem do Prince mais romântico e bon vivant do primeiro título para o metaleiro tatuado e sombrio do segundo. No final do jogo chego à conclusão que estava enganado. Prince of Persia: The Forgotten Sands não explica a razão pela qual o sempre alegre e engraçado Prince de The Sands of Time se transforma no guerreiro mal encarado de Warrior Within. O próprio Dahaka, o guardião do tempo que persegue o Prince supostamente desde o final do primeiro, nem sequer é mencionado.






Prince of Persia: The Forgotten Sands tem uma história sua, independente da trilogia em que deveria encaixar. A narrativa é tão desassociada de The Sands of Time, Warrior Within e The Two Thrones que o Prince se espanta ao perceber que tem o poder de controlar o tempo com as areias. Abstraindo-nos da ligação inexistente entre Prince of Persia: The Forgotten Sands e os restantes três títulos que formam a trilogia de The Sands of Time, a história não é má. Os eventos que se interligam desde o início até ao final são credíveis e a viagem é justificável e coerente, embora os momentos que trazem as reviravoltas não tragam surpresa alguma também.

O pior de Prince of Persia: The Forgotten Sands é a jogabilidade, algo elementar num jogo. Os controlos não são intuitivos e o combate é repetitivo. Os movimentos do Prince quando em acrobacias são controlados na sua perspectiva e não na nossa. Este sistema dá azo a situações frustrantes em que o Prince está encostado a uma parede e somos obrigados a carregar em frente para ele subir a parede que está, na nossa perspectiva, à sua direita.






Ainda nas acrobacias, sempre que pendurado ou empoleirado, o botão de salto fará com que o Prince salte para trás, não importa a direção do analógico. Já carregarmos para baixo faz com que o Prince largue o seu ponto de apoio e se atire para a sua morte. Os controlos não fazem jus às animações das referidas acrobacias que na sua maioria estão espantosas, tornando-se num pequeno deleite num quadro banal e muitas vezes disfuncional.

Já o sistema de combate pretende oferecer um manuseamento da espada orgânico em que cada golpe se mistura com o anterior e o seguinte. No entanto, e embora haja um botão para pontapés, o vagar e o arrastar dos movimentos do protagonista levou-me a optar sempre pela mesma estratégia sempre que possível: saltar para os ombros do inimigo e carregar no botão para brandir a espada. Alguns inimigos obrigam-nos a mudar a estratégia, uns porque têm escudo e não nos deixam saltar para os ombros e outros porque funcionam como mini-bosses. Outros inimigos ainda parecem ser retirados directamente de God of War 3 inspirados nas sirens e harpies, com os mesmos ataques e propósito.






Para dinamizar o combate ganhamos esferas que, quando perfazem um certo número, podem ser trocadas por upgrades. Temos à nossa disposição aumentos para a barra de energia e de slots de areia, slots que são usados quando recorremos aos poderes de areia. Para além destes upgrades podemos também ganhar poderes que jogam com os elementos mas apenas um é realmente relevante.

Fogo, Terra, Ar e Água, dois funcionam como ataque e outros dois como defesa. Com o elemento do Fogo deixamos um rasto que causa dano aos nossos inimigos; com a Terra ficamos com uma armadura que elimina qualquer dano que nos tentem causar; com o Ar lançamos um remoinho que afasta os inimigos; finalmente com a Água lançamos um rasto de gelo com cada movimento da espada. Neste arsenal, apenas o segundo elemento tem realmente impacto no jogo e mesmo esse dá-nos a sensação de que estamos a fazer batota.






O que torna Prince of Persia: The Forgotten Sands um jogo que vale a pena experimentar é a parte acrobática. As provas físicas a que somos postos à prova estão bem elaboradas, sendo manchadas ocasionalmente pelos controlos frustrantes. Nestes puzzles entram alguns poderes que nos são delegados por uma personagem feminina que pertence a outra raça, de outro tempo e realidade.

Ao longo do jogo ganhamos três poderes distintos: solidificar a água, lançarmo-nos no ar contra um inimigo e ver certas plataformas do passado que já não existem no tempo corrente. O primeiro poder é o mais relevante, o segundo o menos, enquanto o terceiro ganhamos apenas na recta final do jogo e, embora ofereça uma profundidade acrescida aos puzzles, o seu uso é reduzido no panorama geral do jogo.






Graficamente Prince of Persia: The Forgotten Sands está bom mas nada fora do comum, correspondendo às exigências da geração corrente sem se destacar. Onde o jogo brilha visualmente é nos efeitos da água, tanto a correr como solidificada, embora peque com o término da mesma sem qualquer justificação. O som também está bem conseguido, com as animações faciais a corresponderem ao diálogo, mas, uma vez mais, não oferece nada de espectacular.












Em suma, Prince of Persia: The Forgotten Sands é um jogo frustrante pela má construção de um sistema de controlos, combate enfadonho que fará com que somente os mais obstinados se arrastem até ao final. Não completamente desfasado da trilogia em que supostamente se insere, Prince of Persia: The Forgotten Sands também não faz qualquer ligação com a mesma. Os esforços, tanto físicos como psicológicos, a que nos prestamos para acabar o jogo são recompensados com um boss final ridículo e uma cutscene que conclui o título que nos deixa pasmados e frustrados de tão curta e simples que é.

Os inúmeros bugs presentes no jogo apontam para uma produção e lançamento apressados de forma a coincidir com o filme que, por sua vez, não tem nada a ver com o título. Por fim, não deixa de ser irónico que numa série em que controlamos o tempo, o melhor título seja o mais antigo, Prince of Persia: The Sands of Time de 2003.
Ir para o topo Ir para baixo
 
[Analise] Prince of Persia: The Forgotten Sands
Ir para o topo 
Página 1 de 1

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
PSP World :: PSP-World :: Analise-
Ir para: